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Curso realizado pelo NUMA fortalece fitoterapia artesanal e turismo comunitário em Marapanim (PA)

Publicado: Terça, 22 Abril 2025 11:51 | Acessos: 89
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O Núcleo de Meio Ambiente da Universidade Federal do Pará (NUMA/UFPA), por meio do Grupo de Pesquisa Documentação e Investigação de Recursos e Práticas em Fitoterapia (DOCFITO), realizou entre os dias 7 e 10 de abril, no Espaço Erva Vida, em Marapanim (PA), o curso “Fitoterapia Artesanal e Turismo de Base Comunitária: Capacitação para a Organização do Arranjo Produtivo de Fitoterápicos Artesanais como Elemento da Cadeia do Turismo de Base Comunitária”.

A formação contou com a participação de dez erveiras da comunidade, que durante os quatro dias participaram de oficinas, aulas práticas e debates sobre a produção de fitoterápicos e a inserção da atividade no turismo de base comunitária. A ação faz parte de uma iniciativa maior voltada ao fortalecimento da cadeia produtiva da fitoterapia artesanal na região.

De acordo com o professor Wagner Barbosa, coordenador do DOCFITO, a primeira etapa do curso foi dedicada à contextualização histórica da fitoterapia na Amazônia, seguida por módulos técnicos voltados à qualificação da produção artesanal. “Apresentamos temas como as boas práticas de produção, as técnicas de secagem e extração das plantas medicinais, sempre com foco na preservação da estabilidade química e microbiológica dos produtos”, explica Barbosa.

Os pesquisadores Jailton Anunciação, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Inovação Farmacêutica (PPGIF), e Felipe Leal, egresso do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia (PPGEDAM), conduziram os módulos técnicos. Foram abordadas questões como o uso correto do álcool etílico na preparação de tinturas, as formas adequadas de secagem e armazenamento das plantas, e os cuidados necessários para evitar contaminações por fungos e insetos.

Segundo os facilitadores, embora as erveiras já dominem muitos saberes de forma empírica, o curso permitiu sistematizar esse conhecimento, aproximando práticas tradicionais de critérios técnicos que podem elevar a qualidade dos produtos fitoterápicos e fortalecer sua inserção em mercados locais e turísticos.

Durante o encerramento do curso, foi realizada a entrega de novos equipamentos e utensílios para o laboratório do grupo Erva Vida. Entre os itens, destaca-se um triturador de cascas, grãos, caroços e folhas, considerado essencial para aprimorar a qualidade das tinturas produzidas artesanalmente. 

Além disso, foi anunciada a reforma do prédio que abriga o grupo, ação viabilizada por empresas parceiras que, ao cumprirem condicionantes ambientais estabelecidos pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS), financiaram tanto a capacitação quanto a aquisição dos equipamentos. Na ocasião estava presente o Secretário Adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental Rodolpho Zahluth Bastos que também é professor do NUMA/UFPA.


A professora Márcia Bastos, doutoranda do PPGEDAM eservidora da Secretaria de Estado de Turismo (Setur) também participou da programação, destacando o papel do grupo Erva Vida no contexto da Política Estadual de Turismo de Base Comunitária e Bioeconomia e defendendo o reconhecimento do grupo como patrimônio cultural municipal. “Esse reconhecimento é um passo importante para o empoderamento das mulheres envolvidas, além de possibilitar o acesso a recursos públicos municipais e estaduais que podem garantir a continuidade e expansão da atividade”, afirmou.

O curso foi viabilizado por meio da articulação entre o Grupo DOCFITO, o Laboratório de Etnofarmácia: Documentação e Investigação de Plantas Medicinais e Fitoterápicos – LAEF e diversos colaboradores, incluindo pesquisadores, estudantes de pós-graduação e empresas parceiras. Com mais de 30 anos de atuação, o grupo DOCFITO é cadastrado no CNPq e desenvolve atividades de pesquisa, formação e extensão voltadas à valorização dos saberes tradicionais e ao desenvolvimento sustentável na Amazônia.

Ao final da formação, as participantes expressaram gratidão e entusiasmo com a iniciativa. Para elas, além do fortalecimento técnico, o curso representa reconhecimento, apoio e uma nova perspectiva para geração de renda e valorização cultural de seus saberes ancestrais.

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